Ô abre alas que eu quero passar....

Mascote do Bloco Spanta Neném que saiu no sábado na Lagoa

Fonte: http://www.oglobo.com.br/

Amo carnaval, sempre amei e sempre vou amar. Lembro que as canções de ninar que o meu pai cantava pra mim eram todas marchinhas de carnaval antigas e talvez seja por isso que quando eu as ouço hoje em dia um sorriso se abre em meu rosto.

Sou baiana e não troco o carnaval de Salvador por nenhum outro, sou chicleteira de carteirinha, e só de imaginar que estarei lá este ano me arrepio. Para mim, passar o carnaval longe da minha terra é sacrifício, maldade.... eu choro, sério! Mas morando no Rio há quase 5 anos, acabei me rendendo a uma coisa que para mim parece ser única no Brasil nesta ápoca do ano: O pré carnaval de rua do Rio de Janeiro.

Tem tudo para dar errado: Cidade violenta, concentração de gente, bebida, samba, sol e muito calor e o mais importante: é de graça. Incrivelmente esta mistura aqui no Rio é abençoada e o resultado é uma festa democrática, feliz, cuja única pretensão é divertir os foliões. Não dá confusão nem briga, não enche demais (lógico que estou falando dos blocos menos tradicionais), pessoas de todas as classes sociais brincam juntas, sem preconceitos, as pessoas saem fantasiadas das mais engraçadas coisas e você se diverte só de olhar.

Em alguns blocos a quantidade de gente bonita é tanta que assusta. Ontem mesmo, no bloco Me Esquece, que saiu na praia do Leblon, eu me senti no meio do extinto Interasa (segundo a minha amiga Ivana, o bloco Interasa em Salvador era uma espécie de ISO9001 em padrão de gente bonita, rs!) com uma vantagem, não tive que pagar uma fortuna para estar lá...

Algumas coisas no Rio são únicas e inexplicáveis mesmo...viva o carnaval!